O engenheiro florestal Jefferson Moreira da Superintendência do Meio Ambiente (SUDEMA), apresentou em reunião nesta segunda-feira (22), o laudo técnico sobre as duas árvores Tamarineiras situadas na rua Desembargador José Bastos, no sítio histórico do Município icoense.
A gigante árvore tombou na manhã do último dia 15 de fevereiro. A árvore gigante, tombou sem atingir nenhuma pessoa ou veículo que passava pela rua.
Ainda segundo Jefferson, outro fator que levou o tombamento foi o solo onde a árvore se encontra, o solo arenoso, quando o solo é classificado como arenoso, apresenta teor de areia superior a 70% e teor de argila inferior a 15%, tornando o solo menos firme, com as chuvas que caíram nos dias antecedentes, o local ficou fofo, como um dos lado tinha o menor peso, ocasionou o tomabamento da árvore.
O técnico conta que as ações posteriores serão de preservação da raiz da árvore, que continua viva. "A proposta é deixar a raiz intacta, fazer o controle da copa e o tratamento da raiz para que ela se desenvolva, sem prejudicar o ambiente ao seu redor", comenta Jefferson.
História
A árvore tem uma importância cultural e histórica para a cidade e seus moradores. De acordo com o historiador e coordenador de Cultura e Turismo de Icó, Cláudio Pereira, em meados de 1835, as tamarineiras começaram a ser plantadas na região. Segundo ele, as árvores são resistentes, adaptáveis ao clima da região e crescem rápido. Ele lembra que a árvore foi plantada por Glória Dias e guardava uma grande sombra e muita história do "Icó antigo".
Temido por todos, o Barão não frequentava a sociedade e sempre estava envolto em disputas políticas como que buscando descarregar sua infelicidade. Mas uma mulher, Dona Glória Dias, descendente do Visconde do Icó, resolveu enfrentá-lo. Insatisfeito com duas tamarineiras que serviam de abrigo e sombra para viajantes, incomodado com o barulho e o mau cheiro dos animais o Barão ordenou que fossem arrancadas. Dona Glória adquiriu uma carroça de pólvora e informou ao Barão que caso fizesse isso ela faria seu sobrado voar pelos ares. Sabedor que promessa de Glórias Dias era coisa certa de ser cumprida, o Barão recuou.
A carroça de pólvora foi doada para os festejos de Senhor do Bonfim, para serem transformados em fogos de artifício. Desta briga nasceu a tradição de comemorar todos os anos com muitos fogos a data (6 de janeiro) em homenagem ao santo.
O conto é popular, não existe nenhum documento que comprove a historia.